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FOME EMOCIONAL: Você come as suas emoções?

“Ah, que desânimo/tristeza... vou comer um bolo de chocolate para me animar!”

“Nossa, como eu estou feliz... um rodízio de pizza cairia bem agora!”


Quantas vezes você já se pegou pensando em comida quando experimentou uma emoção intensa ou um momento de desconforto? Quantas vezes você já abriu a geladeira procurando por algo que nem você sabe o que é?

Vamos pensar sobre a fome emocional?


O QUE É FOME EMOCIONAL?


O ato de comer pode estar associado à uma sensação de prazer, por conta disso a fome emocional é aquela vontade de comer para aliviar um sentimento ou sensação intensa que proporcionam desconforto (que nem sempre nos damos conta que estamos vivenciando).

Nesse tipo de fome você sente vontade de comer algo específico, diferente da fome física, não é qualquer alimento que serve, é um desejo de comer algo gostoso (geralmente doces ou salgadinhos) e que te dê prazer. Um prazer que se mostra necessário para aliviar uma tensão, um desconforto ou para se recompensar por algo.

Na fome emocional o alimento tem a função de tentar controlar uma emoção.


O QUE CAUSA A FOME EMOCIONAL?


Esta aparece por conta de uma desregulação emocional, que é a sensação de incapacidade de controlar e lidar com uma emoção intensa – positiva ou negativa – e nesse caso o alimento entra como uma válvula de escape, uma solução imediata para resolver esse problema/desconforto.

Essa fome também pode estar relacionada à recordações de pessoas ou momentos marcantes para nós, e ela vem de forma bem específica no intuito de reviver as mesmas boas sensações das experiências passadas, como por exemplo a vontade de comer o brigadeiro igual ao que você comia na sua infância ou aquele pão doce que só determinada padaria tem e que você frequentava todo domingo pela manhã.

Outro aspecto que pode estar relacionado é a forma que você aprendeu a enxergar o alimento, este hábito de comer de forma impulsiva pode ter sido ensinado à você através de exemplos que você vivenciou desde a infância.


NA FALTA DE EQUILÍBRIO, ISSO PODE GERAR CONSEQUÊNCIAS!


A fome emocional é algo bem comum e não há problema algum uma vez ou outra você assaltar a sua dispensa para matar uma vontade. O problema se estabelece quando você desenvolve um hábito de comer sempre que sentir uma emoção intensa e tiver dificuldades de lidar com isso.

Essa falta de equilíbrio mais para frente, com o exagero, pode se transformar em uma compulsão alimentar - sintoma de um transtorno alimentar ou outros - e é aí que mora o perigo, porque a princípio o que era para ser uma solução imediata de um desconforto acaba se tornando um problema maior a longo prazo.



SAIBA DIFERENCIAR A FOME FÍSICA DA FOME EMOCIONAL:

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Já sabe qual a sua fome?

Se for física, vá logo comer, rs! Mas se for emocional... vou te dar uma dica: NÃO COMA o seu problema... RESOLVA-O!



5 MANEIRAS DE LIDAR COM A FOME EMOCIONAL:


1. Se conecte com o momento presente e se questione: Saia do piloto automático e direcione a sua atenção para o que você está fazendo, perceba a forma que você está respirando e como está o ar que você está sentindo, perceba também como está a sua postura.

Se questione a respeito dos seus sentimentos e identifique a emoção que está presente em um momento de fome emocional, procure entender o motivo do desconforto que você está sentindo.

Reconhecer as suas emoções pode te direcionar a entender e controlar os gatilhos que despertam essa vontade comer.


2. Respiração Diafragmática: "Respirar com a barriga", essa é uma técnica de relaxamento eficaz, pois reduz a sensação de nervosismo e nos ajuda a nos conectar com o presente, possibilitando a percepção das nossas sensações e nos proporcionando maior equilíbrio.


3. Busque substituir o prazer de comer por outro: Diferente da fome física que é persistente, a fome emocional pode desaparecer com alguma distração, portanto se distraia e substitua o ato de comer por novos prazeres, novas ações que possam te proporcionar algum benefício, experimente e saiba o que funciona para você.


4. Faça aos poucos uma reeducação alimentar: Invista em uma alimentação adequada, alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas essenciais que atuam diretamente na diminuição do estresse e ansiedade, assim como aumentam os níveis de serotonina, substância responsável pelo bem-estar e pelo relaxamento.

Se alimente de forma consciente, isso também é autocuidado, uma demonstração de amor próprio.


5. Não incentive as emoções negativas e se necessário busque ajuda profissional: Evite reforçar os seus pensamentos negativos e também se isolar socialmente. Uma rede de apoio afetivo e também apoio profissional é importante para facilitar o processo de mudança e busca pelo bem-estar.


Uma ajuda multiprofissional é bastante eficaz!

Um psicólogo para te ajudar a compreender e lidar melhor com as suas emoções;

Um psiquiatra, em casos mais graves como os transtornos que causam a compulsão alimentar, para te ajudar a controlar os sintomas através de medicamentos;

E também um nutricionista para te ajudar na mudança de hábito alimentar e te oferecer uma dieta adequada para a sua necessidade!


Se necessário, busque ajuda e se cuide!



Psicóloga Carina Claro

CRP 05/57216


Conheça também o meu instagram: @carinaclaropsi

 
 
 

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©2020 por Carina Claro.

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